28 outubro, 2006

Mota-Engil lança-se no transporte ferroviário

A Mota-Engil é o primeiro operador privado português a entrar no sector do transporte ferroviário de mercadorias através da sua participada Cargo-Rail, uma nova empresa criada na área de Ambiente e Serviços.
Ao posicionar-se para aproveitar a liberalização do mercado de transportes ferroviários, em 2007, a Mota-Engil procura, também, aproveitar sinergias com a Ferrovias, já com activos no sector. A nova aposta da empresa vem reforçar a sua posição no sector dos transportes e surge pouco depois da constituição de um consórcio com o BES e a Bento Pedroso Construções para concorrer ao plano governamental de Plataformas Logísticas, com um investimento de 500 milhões de euros no Poceirão (Palmela).
A Cargo-Rail, ainda a aguardar licença do Instituto Nacional de Transportes Ferroviários, abre, ainda, caminho, à entrada da Mota-Engil em projectos de âmbito transnacional, em parceria com outras empresas.
Em Portugal, o transporte ferroviário de mercadorias movimenta apenas 3% do tráfego total, mas no eixo Alemanha-Holanda, o negócio é mais dinâmico, com operadores já de grande dimensão, como a Railion. À semelhança do que aconteceu em Espanha, o sector pode, também, ser impulsionado pelo projecto do TGV, outro negócio na mira da Mota-Engil.

19 outubro, 2006

Mota-Engil cada vez mais forte nos portos nacionais

A Mota-Engil lançou no final de terça-feira ofertas públicas de aquisição (OPA) sobre a Tertir e a Ternor, negócio que está dependente do aval da Autoridade da Concorrência. Estas empresas, em que a Mota-Engil já detinha uma posição minoritária, são participadas pela Rodrigo Leite, SGPS, pela estatal Parpública, e por pequenos investidores. O investimento ronda os 36,9 milhões de euros, dando à Mota-Engil, através do controlo do Grupo, o estatuto de maior operador de contentores do país, com posições maioritárias no TCL, em Leixões, na Liscont, na Sotagus e no terminal do Beato, em Lisboa, e na Sadoport, em Setúbal. Isto para além de outras participações detidas pelo grupo de Rodrigo Leite em Aveiro e na Figueira da Foz. O ramalhete poderá ainda ficar mais composto caso o novo proprietário adquira a posição da PSA em Sines.Já no campo das especulações, alguns observadores são de opinião que a Mota-Engil estará apoiada, nesta jogada estratégica, pelo banco BES, com quem aliás tem uma parceria para a exploração de infra-estruturas na área dos transportes, e pela espanhola ACS, de Florentino Perez. Mas é voz corrente que o grupo português não abdica de deter a maioria do capital social. O valor total da aquisição do Grupo Tertir ascende a 138 milhões de euros. A construtora oferece 80 milhões de euros pelo capital do Grupo Tertir e assume a sua dívida no valor de 134 milhões de euros. Descontando o montante de 76 milhões de euros (verba pela qual que espera vender os dois imóveis de Alverca e Freixeiro), o valor final perfaz os 138 milhões de euros

03 outubro, 2006

Cargo Rail vai entrar no transporte ferroviário de mercadorias

A Cargo Rail vai concorrer com a CP no transporte ferroviário de mercadorias. Detida a 100% pela Mota-Engil, através da Mota-Engil Ambiente e Serviços (70%) e da Ferrovias (30%), a empresa entregou, no início do mês, o pedido de atribuição de licença de operador junto do Instituto Nacional do Transporte Ferroviário (INTF). Este organismo tem 90 dias, a partir da entrega de toda a documentação, para licenciar a empresa. José Pires da Fonseca, ex-administrador da CP com o pelouro da carga, e consultor na Refer em gozo de licença sem vencimento é o presidente da Cargo Rail, segundo refere o Jornal de Notícias. Segundo o mesmo diário, para além da Cargo Rail, um operador espanhol está a preparar-se igualmente para entrar no transporte ferroviário de mercadorias. Trata-se de Compsa, que tem já o estatuto de operador em Espanha, empresa que já requereu ao INTF o certificado de segurança para operar em determinadas linhas.

Mega porta-contentores tocarão um número reduzido de portos

Devido às suas dimensões, apenas Roterdão, Bremerhaven e Felixstowe na Europa e Hong Kong e Shanghai na Ásia deverão receber regularmente os maiores navios da Maersk, como o Emma, o primeiro do grupo de oito super porta-contentores do armador dinamarquês que os estaleiros de Oddense, propriedade do grupo, estão a construir. A revelação foi feita há dias em Roterdão, pelo novo top executive da Maersk, Eivind Kolding, que admitiu igualmente algumas escalas nos terminais de Algeciras e Tanjung Pelepas.O “Emma Maersk” testou com sucesso a carga de nove alturas no deck superior, o que significa que o navio pode carregar um máximo de 15.000 TEU, contra os 13.500 TEU anunciados previamente pelos especialistas. Tais resultados levaram a consultora marítima ARS-Alphaliner a anunciar uma capacidade máxima de 14.300 TEU, enquanto o armador dinamarquês oficialmente se queda nuns mais cautelosos 11.000 TEU. Apesar da capacidade instalada para comportar as nove alturas no deck superior, as regras da IMO poderão limitar as filas exteriores a alturas mais reduzidas, ao obrigarem a garantir uma visão clara, para a tripulação, superior a 200 metros em relação à proa do navio. Na prática deverá ser do capitão a palavra final quanto à lotação máxima de estiva.Estes super navios deverão iniciar-se no mercado das rotas Europa-Ásia em princípios de 2008.