03 dezembro, 2008

O "Boca-Larga"

A Noticia :

A par de uma iniciativa legislativa popular ou uma providência cautelar, esta é uma das hipóteses que está a ser estudada, caso não seja revogado o decreto-lei 188/2008, que alterou as bases da concessão e autorizou a triplicação da capacidade de contentores do terminal portuário de Alcântara. Estas soluções foram hoje avançadas por Miguel Sousa Tavares numa conferência de imprensa que serviu para apresentar uma nova associação em defesa do Tejo ("Lisboa e Tejo e Tudo") e em que se voltou a questionar a "urgência" de triplicar a actual capacidade do terminal e se apelou à necessidade de realizar estudos que fundamentem esta decisão. A expansão do terminal de contentores de Alcântara serve unicamente os interesses de uma empresa privada e é lesiva para o erário público, alertou o escritor.
"Descobrimos várias coisas: que a obra era inútil e com enormes custos para o erário público. A única conclusão depois de ver o contrato [assinado com a Liscont, concessionária do terminal] é que este corresponde à satisfação dos interesses de uma empresa privada", salientou Miguel Sousa Tavares na conferência de imprensa. Entre os vários argumentos que sustentam esta posição, contam-se o facto da maior parte do investimento ser feito por entidades públicas (o Estado vai investir via Administração do Porto de Lisboa e REFER um total de 540,9 milhões de euros, cabendo à Liscont um investimento estimado de 226,7 milhões de euros), as indemnizações a pagar à Liscont caso não sejam atingidos os objectivos, a dispensa de concurso público e não estar provada a necessidade de aumentar a capacidade de contentorização naquele terminal."A obra beneficia a Mota-Engil [grupo a que pertence a Liscont e que é presidido pelo socialista Jorge Coelho] e prejudica os lisboetas", acrescentou o deputado social-democrata, Luís Rodrigues, que também pertence ao movimento cívico. Miguel Sousa Tavares sublinhou que o movimento é apoiado pela oposição camarária e por 41 dos 53 presidente de juntas de Lisboa e apelou aos deputados do PS para deixarem a obediência partidária de lado na apreciação parlamentar do diploma, requerida pelos grupos parlamentares do PSD e PCP, e que pode levar à revogação do decreto-lei 188/2008."Nada os dispensa de se informarem e de perceberem que o contrato com a Liscont é um atentado ao interesse público", observou. A associação hoje apresentada visa proteger a cidade e o rio dos "atentados" que têm sido cometidos e para afirmar que "o Tejo tem um dono e esse dono chama-se Lisboa"."O rio não pode ser esquartejado e dividido ao sabor das ideias que vão surgindo", continuou o escritor, apontando exemplos de obras recentes junto ao Tejo, "à margem da câmara e dos cidadãos" como o Observatório das Drogas e a Agência Europeia de Segurança Marítima no Cais do Sodré.

© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.


O meu comentário :

Sr. Tavares, mas porque não se cala ??? Está-me a parecer que o Sr. tem algo a ganhar com toda esta confusão, com mais um embargo de uma obra nesta cidade, com mais um atraso na evolução da mesma e do país. Alcântara foi e será dos cidadãos, que no entanto e durante 364 dias por ano não se lembram daquela zona… Nem dela querem saber… Você fala do que não percebe, ataca o que não entende e “manda bitaites” sobre aquilo que não sabe e nem ao trabalho de aprofundar conhecimentos se dá. É por causa de pessoas como você que o país está como está, a afundar, lentamente. O país precisa do investimento que vai ser efectuado em Alcântara e olhe que eu não sou estivador… informe-se melhor acerca de toda a indústria que se relaciona directamente com o “seu” Cavalo Branco e vai ver que afinal até vai prejudicar mais gente com esta sua iniciativa, muitas famílias vão mesmo sentir na pele o que você está a provocar. Não sou sectarista, mas a si apenas lhe posso dizer uma coisa: volte por favor para a sua escrita e para os seus comentários televisivos e deixe os assuntos que desconhece na totalidade serem tratados por pessoas muitos mais competentes e bem informadas do que você está neste caso e, acima de tudo, volte mas é para o Porto e vá fazer barulho junto da Administração Do Porto de Leixões que, esse sim, é o terminal da sua zona de residência. Deixe os problemas de Lisboa com os Lisboetas. Informe-se primeiro e aprofundadamente sobre aquilo que vai falar e atacar e não faça por favor as figuras que tem feito. Se é tacho que procura em Lisboa, informo-o desde já que me parece que vai ter azar… já começa a ser uma das pessoas mais odiadas de toda esta região.
Precisa de dinheiro para voltar a casa? Eu empresto, não tenho muito, mas empresto… Gente incompetente e preguiçosa, com mais velocidade de língua que de cérebro e principalmente pouco apetite para perder tempo a estudar e analisar com conhecimento de causa já nós temos muita… Não precisamos de o importar a si também.

Nuno Santos - B.I. 10276159
Cidadão Português e trabalhador em uma dessas empresas de que o Sr.não se lembra de mencionar.

2 comentários:

LUIS MIGUEL CORREIA disse...

Subscrevo inteiramente o comentário do Sr. Nuno Santos. O Sr. MST está no direito de discordar do que lhe parecer por bem, mas insinuar, manipular a opinião pública e persistir num verdadeiro manifesto à ignorância marítima é obra... Haja paciência

Fazendas disse...

Paciencia é que ja começa efectivamente a haver pouca Sr. Luis Correia.

Obrigado pelo seu comment.