A Hapag-Lloyd terá de recomprar a participação no terminal de contentores de Hamburgo, que vendeu em Julho aos seus accionistas, se quiser o aval do estado a um financiamento de 1,2 mil milhões de euros. Mas nem todos os accionistas estão de acordo.
O governo de Angela Merkel já decidiu. O aval do estado alemão a um financiamento de 1,2 mil milhões de euros de que a Hapag-Lloyd precisará para sobreviver só será dado se a companhia recomprar a posição de 25,1% que detinha no terminal de contentores de Hamburgo, que funcionará como uma garantia colateral.
A participação no terminal de Altenwerder foi vendida em Julho aos accionistas da Hapag-Lloyd, o consórcio Ballin e o grupo Tui, por 315 milhões de euros, numa tentativa de injectar liquidez nos cofres do armador germânico.
O empréstimo de 1,2 mil milhões de euros que a Hapag-Lloyd quer que o estado alemão avalize será complementado por um aumento de capital da companhia, com a entrada de dinheiro fresco dos actuais accionistas, no montante de 750 milhões de euros.
À partida, o grupo Tui estará disponível para revender à Hapag-Lloyd a posição no terminal de contentores. E o mesmo acontecerá com o consórcio Ballin. Mas Klaus-Michael Kuehne, segundo accionista do consórcio, ameaça não participar no plano de salvamento da companhia com as novas condições. O consórcio integra ainda a cidade de Hamburgo e o banco MM Warburg.
No primeiro semestre as vendas da Hapag-Lloyd caíram 24% e os resultados operacionais foram negativos em 435 milhões de euros. Para o segundo semestre, a previsão das perdas é ainda substancialmente mais negra, de acordo com notícias vindas a público nos media internacionais.
In Transportes & Negócios Online
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