18 novembro, 2008

Mota-Engil na corrida à plataforma logística de Leixões

A Mota-Engil será uma candidatas à concessão da plataforma logística que a APDL se propõe levar a concurso em Março do próximo ano.

A Mota-Engil, que já lidera o consórcio promotor da plataforma logística do Poceirão, que servirá os portos de Lisboa, Setúbal e Sines, pretende também operar a plataforma logística de Leixões, onde já detém a concessão do terminal de contentores.

António Mota, líder do grupo, foi um dos presentes na cerimónia de apresentação e arranque do projecto, que prevê a criação de dois pólos logísticos e um terminal rodo-ferroviário, num investimento global de cerca de 170 milhões de euros, dos quais 100 milhões serão suportados pelos privados e os restantes pela APDL e Refer.

A plataforma logística ocupará 60 hectares. O terminal intermodal outros dez. Ambos serão concessionados, mas em concursos diferentes, para promover a concorrência, sublinhou Matos Fernandes, presidente da APDL.

O futuro concessionário da plataforma logística ficará responsável pela promoção comercial da mesma, pela sua gestão e pela construção das superestruturas. Os terrenos serão propriedade da APDL, que assumirá também os custos das acessibilidades rodoviárias e da infraestruturação.

A plataforma logística de Leixões é para avançar depressa, mas não a qualquer preço. O presidente da APDL lembrou a propósito que a ZAL I de Barcelona, com 65 hectares, demorou dez anos a ser preenchida. Além do mais, sublinhou Matos Fernandes, a plataforma logística terá de estar alinhada com os interesses do porto de Leixões, o que passará, ou pela participação da administração portuária no capital do futuro concessionário (com uma posição reduzida), ou pela intervenção na escolha das futuras empresas a localizar na plataforma.

Se tudo correr como previsto, em Março do próximo ano será lançado o concurso para a construção, gestão e promoção da plataforma, numa concessão por 30 anos. Entre Junho e Setembro de 2009, a APDL e a Refer avançarão com as restantes obras públicas previstas no projecto, para estarem concluídas no final de 2010. Em Janeiro de 2010, o futuro concessionário poderá começar as suas obras. E no início de 2011 poderão ali instalar-se as primeiras empresas.


In "Transportes & Negocios"

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