11 agosto, 2009

Navio desaparecido "não está nem cruzou águas de jurisdição portuguesa"

O navio 'Arctic Sea', desaparecido há vários dias com uma tripulação russa de 15 pessoas, "não está nem cruzou águas de jurisdição portuguesa", confirmou hoje à agência Lusa fonte do gabinete do chefe de Estado-Maior da Armada.

"A Marinha Portuguesa tem acompanhado toda esta situação (...) [o navio] não está nem cruzou as águas de jurisdição nacional portuguesa", afirmou a assessoria daquele ramo das Forças Armadas.

Segundo o jornal electrónico russo 'SeaNews', o navio, que navegava com bandeira de Malta e uma tripulação de 13 ou 15 elementos, devia ter chegado a um porto argelino no dia 4 de Agosto, encontrando-se na latitude de Lisboa na última vez em que manteve contactos, no dia 1 de Agosto.

No domingo, a Marinha de Guerra da Rússia anunciou que o 'Arctic Sea', que transportava madeira do Báltico para a Argélia, teria desaparecido em águas territoriais portuguesas.

No entanto, hoje de manhã o jornal electrónico russo SeaNews, que cita informações difundidas pelo Ministério dos Transportes e da Marinha de Guerra da Rússia noticiou que o Centro de Coordenação e Salvamento Naval do Ministério dos Transportes da Rússia recebeu das autoridades portuguesas a informação de que o navio de carga Arctic Sea não se encontrava nas suas águas territoriais.

Entretanto, o ministério da Defesa da Rússia já anunciou que na terça-feira navios da sua Armada no Mar Negro entrarão no Oceano Atlântico para dar início às buscas do 'Arctic Sea'.

Segundo a agência Interfax, que cita fontes do ministério da Defesa russo, “amanhã, às 23:00 (21:00 em Lisboa), quatro vasos de guerra da Armada do Mar Negro atravessarão o Estreito de Gibraltar e entrarão no Atlântico, tendo já sido dado a respectiva ordem”.

Porém, os militares russos sublinham que as operações de busca se irão realizar “de passagem”, ou seja, “na zona e no quadro do gráfico de movimentação dos navios de guerra russos, porque eles devem chegar ao porto Baltisk (no Mar Báltico) na hora marcada”.

Em declarações à imprensa russa, Mikhail Voitenko, director da revista electrónica Sovfakht, que tornou pública a notícia do desaparecimento do navio, admite que o navio não transportava apenas madeira.

"Pode-se afirmar com alto nível de probabilidade que tudo isto aconteceu devido a uma carga qualquer ou material a bordo", declarou ele à agência ITAR-TASS.

Voitenko foi mais concreto nas declarações que fez ao diário Izvestia: "Talvez transportassem droga".

In Ionline

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