O Conselho de Administração do Porto de Lisboa confirmou ontem ter apresentado o pedido de demissão à tutela.
Em comunicado, Manuel Frasquilho, Daniel Esaguy e Sandra Vilhena Aires explicam que “a renúncia formalizada surge na sequência da avaliação feita pelos próprios do ambiente de crispação que, embora alheio à vontade do actual CA, tem rodeado a sua actividade nos últimos tempos, em prejuízo dos interesses da Administração do Porto de Lisboa e do Estado”.
E por isso, entende o CA da APL que “renunciando, dará melhor contributo para a criação de novas condições para a prossecução do desenvolvimento sustentável do Porto de Lisboa e das suas capacidade competitivas, na linha do esforço de modernização e qualificação internacional desta importante infra-estrutura portuária, objectivo estratégico fundamental para a Área Metropolitana de Lisboa e do país”.
O actual CA do Porto de Lisboa, liderado por Manuel Frasquilho, estava a cumprir o segundo mandato, para o qual tinha sido eleito em Abril do ano passado.
O clima de crispação que é referido no comunicado que confirma a renúncia terá certamente a ver, primeiro com as críticas que o Tribunal de Contas faz a várias concessões portuárias; depois com o projecto do novo terminal de cruzeiros e o reordenamento urbanístico da zona, que apressou a legislação que retirou à APL a gestão da frente ribeirinha; e, mais recentemente, com o contrato firmado com a Liscont para a expansão do terminal de contentores de Alcântara com a contrapartida da prorrogação do prazo da concessão.
Natércia Cabral, ainda presidente do IPTM, é o nome de quem se fala para assumir a presidência da APL, no que será um regresso ao Porto de Lisboa.
In Transportes & Negócios Online
Sem comentários:
Enviar um comentário