30 abril, 2009
Enunciado de uma estratégia para combater a pirataria somali
A presente situação nas costas ao largo da Somália expõe uma verdade insofismável: os navios das marinhas modernas são demasiado grandes, pesados e complexos para este tipo de ameaça. Isto mesmo foi revelado pelo recente incidente com o Maersk Alabama. De um lado, temos Senhores da Guerra, mais ou menos ligados a grupos terroristas islamitas somalis e que a partir da segurança das suas bases na costa enviam pequenos grupos de piratas, armados de AK-47 e RPG-7 atacar e capturar cargueiros que passem ao largo da sua costa. Estes piratas, operando a partir de pequenas embarcações ou de barcos de pesca, obrigam à manutenção na região de uma grande força naval internacional, num custo que é tremendo e que ascende a vários milhões de dólares mensais (sem contar com o preço dos resgates e dos atrasos nas entregas de mercadorias). Contra estas pequenas embarcações, a Marinha dos EUA alinhou com um cruzador CGN 25 Bainbridge um navio de grandes dimensões, e por isso caro de manter e de construir, mas capaz de transportar vários pelotões de SEALs e de pequenas embarcações rápidas, para além de mini submarinos capazes de levar um grupo de SEALs na maior discrição até ao navio sequestrado e resgatar quaisqueres prisioneiros com baixas mínimas. Mas, na verdade tudo isso poderia ser assegurado por um cargueiro - apenas ligeiramente armado - mas rápido e provido de abundante equipamento de comunicações e deteção, uma espécie de navio especializado de combate a piratas, muito mais barato que estes pesados cruzadores concebidos na Guerra Fria e por isso mesmo, raros e insuficientes…
A única forma de realmente combater militarmente esta ameaça não é de a de enviar fragatas, destroyers e cruzadores atrás destes piratas que operam a partir de barcos de pesca ou de lanchas rápidas. É fazer com que todos os navios que cruzem estas águas naveguem em comboio, é colocar na região vários aviões de vigilância e colocar entre os comboios navios de guerra pequenos, rápidos e defendidos por pequenos grupos de fuzileiros. Manter uma tal estratégia ficará a apenas uma fração do custo atual de manter uma frota multinacional datada da Guerra Fria na região, com uma eficácia muito maior… já que tantos navios indianos, chineses, europeus e norte-americanos não conseguiram deter a captura de quase 30 cargueiros só nos primeiros três meses deste ano por parte dos piratas somalis.
E esta estratégia “ligeira” nem tem que ser necessariamente conduzida pelos governos nacionais… como quem em estado a suportar o essencial destes custos com resgates têm sido as Seguradoras, não deve faltar muito tempo até ver flotilhas de barcos ligeiros e rápidos, guarnecidos com mercenários pagos por estas empresas a patrulhar comboios como aquele que antevejo no capítulo anterior. E isto vai acontecer inevitavelmente quando o primeiro pirata perder a cabeça e disparar uma rajada de AK-47 ou um RPG sobre um petroleiro carregado e este… explodir causando um prejuízo de biliões de dólares à seguradora. Algo que - a este ritmo - irá acontecer dentro de muito pouco tempo. Até esse momento, as Seguradoras nada farão, e confiarão nos orçamentos de Defesa dos Estados para que estes continuem a fazer um trabalho que no essencial, lhes diz diretamente respeito. E aos nossos impostos, que financiam estas operações, claro.
Outra solução efetiva poderá passar pelo puro e simples bloqueio naval dos portos a partir de onde as flotilhas piratas operam… Bloquear o necessariamente limitado de portos a partir de onde os somalis podem operar iria exigir um número muito inferior de meios, especialmente quando comparado com os custos e a baixa eficácia demonstrada pela atual tática de patrulhar milhares de quilómetros quadrados de Oceano… Estes bloqueios poderiam depois ser complementados pela técnica dos comboios escoltados pelos navios ligeiros e equipas de fuzileiros apoiados por aviões e UAVs de vigilância naval indicados no parágrafo anterior.
Fontes:
http://www.defensetech.org/archives/004797.html
http://www.chinadaily.com.cn/china/2008-12/17/content_7311735.htm
Movimentações da Marinha Portuguesa ao largo de Peniche
Foi uma boa oportunidade para estrear a máquina fotográfica, visto que não é muito comum ver este tipo de navios tão perto da costa em Peniche.
NRP Bartolomeu Dias
Os dois navios com as Berlengas em fundo
Navio-escola Sagres num belo fim de tarde.
Peço desculpa pela qualidade de algumas fotos, mas foram tiradas com o zoom ao máximo.
Adfer insiste nas críticas à AV Lisboa-Porto e à TTT
Enquanto o Governo avança com os processos da Alta Velocidade e da TTT, a Adfer insiste nas críticas e promove sessões de debate com participações de figuras de peso no panorama nacional. As próximas reuniões estão agendadas para os dias 5 e 18 de Maio.
“O novo eixo de bitola europeia e Alta Velocidade Lisboa-Porto” é o tema central da sessão da próxima terça-feira. O encontro será presidido por Luís Braga das Cruz, ex-ministro da Economia de um governo PS e ex-presidente da CCRN.
A reflexão será lançada por Mário Lopes, membro da Direcção da Adfer, e serão oradores Castro e Almeida, Nunes da Silva, Martins de Brito e Paulino Pereira.
“A TTT e a integração do NAL e da nova rede ferroviária” serão debatidas no dia 18, com as participações de Augusto Mateus, Carmona Rodrigues e Bruno Dias (deputado do PCP na Assembleia da República).
Também aqui a introdução ao tema será da responsabilidade de Mário Lopes, cabendo a moderação ao presidente da Confederação do Turismo Português, José Carlos Pinto Coelho.
Ambos os encontros decorrerão, como já é hábito, ao final da tarde, na Sociedade de Geografia de Lisboa.
A Adfer mantém que a futura ligação Lisboa-Porto de Alta Velocidade deverá desenvolver-se pela margem esquerda do Tejo na aproximação à capital, permitindo poupar recursos, equacionar a utilização mista para passageiros e mercadorias e ligar ao NAL.
Ao mesmo tempo, a associação presidida por Arménio Matias sustenta que a futura rede ferroviária deve ser servida por um único acesso a Lisboa, via Península do Montijo, e não por dois acessos – pelo Barreiro e pela margem norte do Tejo -, o que descartaria a localização decidida pelo Executivo para a TTT.
A passagem da linha Lisboa-Madrid pelo NAL e a construção da nova estação central de Lisboa nas Olaias ou na Portela – e não na Gare do Oriente, como é ponto assente, são outras sugestões críticas da associação.
In Transportes & Negocios
Paulo Duarte e Torrestir juntas em Angola
A Transportes Paulo Duarte e a Torrestir criaram juntas a Logistrans para actuar em Angola, na logística de distribuição.
A nova empresa é detida em 50% pelos dois parceiros portugueses, estando os restantes 50% nas mãos de investidores locasi.
O arranque da Logitrans implicou até ao momento um investimento de cerca de cinco milhões de euros. A sede está localizada em pleno centro da capital, mas as instalações de apoio situam-se numa área de dez hectares, na periferia de Luanda.
No imediato, a frota de Logitrans é composta por 30 novos camiões.
O Grupo Paulo Duarte, de que a Transportes Paulo Duarte é a maior empresa, realizou no ano passado um volume de negócios de 40 milhões de euros.
In Transportes & Negocios
Danaos adia 15 encomendas de porta-contentores
A Danaos, um dos mais importantes armadores gregos, negociou com estaleiros chineses e sul-coreanos o adiamento da entrega de 15 novos navios porta-contentores.
Cinco navios de 8 350 TEU, encomendados à China Shipbuilding and Trading, serão atrasados em cerca de 200 dias cada. Outros dez navios, encomendados à Hanjin Heavy Industries, serão atrasados em média três meses cada um. São cinco navios de 6 500 TEU e cinco de 3 400 TEU.
A Danaos tem encomendado um total de 29 navios porta-contentores.
Com este reescalonamento das entregas, o armador grego prevê agora receber seis navios este ano, 12 em 2010 (ainda que três, agendados para Dezembro, possam passar para 2011) e 11 em 2011.
Todos os navios têm garantidos contratos de fretamento de longo termo, sem possibilidades de serem alterados, garante o armador.
In Transportes & Negocios
Hapag-Lloyd sobe fretes para o Oriente
A partir de 15 de Junho, a Hapag-Lloyd cobrará mais pelo transporte de cargas contentorizadas entre a Europa e o Extremo Oriente.
A companhia germânica anunciou que os aumentos serão de 500 dólares por TEU, nas ligações entre o Extremo Oriente e o Norte da Europa e o Mediterrâneo Ocidental, e de 150 dólares/TEU nos transportes no sentido inverso.
Os fretes entre a Ásia e o Mediterrâneo Oriental serão também aumentados, mas apenas a partir de 1 de Agosto, e à razão de 300 dólares por TEU.
A Hapag-Lloyd anunciou ainda a imposição de uma sobretaxa de época alta, entre 1 de Agosto e 31 de Outubro, no valor de 150 dólares/TEU.
In Transportes & Negocios
29 abril, 2009
Ajudas de custo ou os ‘sem vergonha’
Luís Abrunhosa Branco
Com centenas de transportadores a serem severamente afectados ao longo dos anos por uma medida que tomaram dentro da lei, são às dezenas os casos em que as empresas entraram no rol dos incumpridores e consequentemente ficaram privados de inscrever novas viaturas na sua frota, pois constam nos registos como devedores à Segurança Social.
Há mesmo os casos ‘nojentos’ de transportadores que se disponibilizaram a receber a fiscalização para esclarecerem diferendos, para efeitos de controlo e registo de diferendos, e depois foram notificados de infracções agravadas com acusação de incumprimento. A falta de seriedade no sistema de fiscalização é tal que se chega ao ponto de “negociar” com os transportadores a aplicação da coima ou multa, mas depois ela não corresponde apenas ao período que foi fiscalizado, mas sim a suposições irreais e imorais.
O problema em torno da questão das “Ajudas de Custo” não é um problema para ser resolvido pelos dirigentes eleitos da Antram, mas sim pelos funcionários da associação que são pagos para defender os interesses dos associados e fiscalizar a aplicação da legislação e do quadro regulador do sector. Ouvir o presidente da Antram anunciar que este é um problema que afecta e gera crise no sector, e que a sua resolução ajuda a solucionar as queixas, é preocupante pois não dignifica quem as profere.
A situação chegou ao ponto que chegou porque quem deveria ser responsável foi irresponsável. Parece mesmo que do lado dos transportadores houve instigação para a não solução. Aos sucessivos apelos dos transportadores que eram penalizados, alguns dos quais dirigentes dedicados da Antram, respondeu o silêncio de quem se intitula de fazedor de leis, que, segundo vomita, o Governo come até às vírgulas, mas que apenas usa argumentos mediáticos e fantochadas para se manter à tona e esconder a sua incompetência.
Os dirigentes da Antram não têm a obrigação de saber quais são os problemas específicos que afectam as empresas filiadas da associação, embora alguns dedicados dirigentes da zona Norte estejam afectados, mas àqueles que são principescamente pagos com o dinheiro dos humildes transportadores é-lhes exigido que não se furtem a ouvir aqueles que foram sancionados e procuram ajuda. Aos funcionários associativos, que fazem a ligação com o poder, impõe-se que não retirem o problema da agenda diária de negociações e reivindicações um assunto desta envergadura. O problema chegou onde chegou, porque quem deveria zelar pela defesa dos reais interesses dos transportadores foi ocultando a gravidade do conflito e facilitando a vida dos sucessivos Governos, trocando as reivindicações por problemas ou interesses instantâneos. Por tudo isto saiu prejudicada a vida de muitas empresas, que agiram em conformidade com a legislação.
Nova lei?
Nesta coisa das ditas “Ajudas de Custo” é preciso coragem para resolver o problema de uma vez por todas. É imprescindível impedir o ridículo da retroactividade e abrir uma nova legislação sobre o assunto.
Tendo sido as “Ajudas de Custo” criadas com o objectivo de compensar as desigualdades cambiais entre países (nunca como retribuição do trabalho), logo não pode estar sujeita a descontos para a Segurança Social. É verdade que tudo aconteceu há quase três décadas, quando as condições monetárias eram diferentes, pelo que na realidade actual esse argumento faz pouco sentido. Mas é preciso ter a coragem de resolver o problema, com a criação de um novo enquadramento, mas nunca permitir que os transportadores sejam transformados em infractores retroactivos e alvos da justiça, quando estão a cumprir um acordo que não foi legislado, mas que a prática e o consentimento das autoridades durante anos a fio lhe deu força de Lei.
Mas se por um lado estamos a viver um problema que foi marinado e empurrado para debaixo do tapete durante anos, não é menos verdade que aquando dos conflitos e reivindicações de Junho foi acordado entre o Governo e os representantes dos transportadores uma moratória sobre as acções de fiscalização da Segurança Social, até surgir uma conclusão negocial com as diversas pastas ministeriais. Será que a palavra dos governantes só vale quando sentem o ‘rabinho a arder’?
A acção recente do Governo aponta para uma solução sensata deste problema. Mas sobre isso escreverei em breve, tanto mais que o Governo assegura que quer o conflito resolvido e que se o mesmo não está solucionado é porque alguém pressionou o seu adiamento.
In Publico.PT
“K” Line prevê redução de 80% nos lucros
A “K” Line anunciou hoje esperar uma quebra de 80% nos seus lucros relativos ao ano fiscal de 2008, que terminou a 31 Março.
A recessão económica que os Estados Unidos e a Europa enfrentam, e que se reflecte na procura de bens transportados em contentores, é a principal explicação avançada para a redução dos lucros.
A terceira maior companhia de navegação japonesa espera obter um lucro de 67,3 milhões de dólares e receitas no valor de 9,8 mil milhões.
Entretanto, a MOL, segunda companhia de navegação do Japão, anunciou que os seus lucros caíram cerca de 33,3% para os 1,3 mil milhões de dólares no ano fiscal de 2008.
In Transportes & Negocios
Contentores em Leixões caem 9% no trimestre
O movimento de contentores no porto de Leixões recuou 9%, em número de TEU, no primeiro trimestre, anunciou a empresa concessionária.
Até ao final de Janeiro, o Terminal de Contentores de Leixões (TCL) movimentou 103 516 TEU, número que compara com os 113 939 TEU de há um ano.
A empresa sublinha, todavia, que o primeiro trimestre de 2008 foi, a seu modo, excepcional, tendo-se regitado então um crescimento homólogo de 12%. Comparando com o primeiro trimestre de 2007, que já de si foi de crescimento relativamente ao período homólogo anterior, verifica-se que o resultado do primeiro trimestre deste ano representa um crescimento de 2%.
Na apresentação dos resultados, o TCL sublinha igualmente o facto de Março ter sido até ao momento o melhor mês de 2009, acentuando a recuperação iniciada em Fevereiro, depois de um arranque de ano francamente negativo.
A MSC mantém a liderança entre os principais clientes do TCL, sendo que a Maersk Line é agora terceira no ranking, atrás do Grupo CMA-CGM. A Nile Dutch e a Transinsular completam a lista dos “cinco mais”.
O mercado africano, leia-se Angola, continua a ser um dos principais sustentáculos da actividade.
In Transportes & Negocios
Rússia captura 29 piratas somalis
Um 'destroyer' russo capturou hoje uma embarcação com 29 piratas somalis a bordo, ao largo da Somália, revelou o Ministério russo da Defesa, citado pelas agências noticiosas russas.
«Sete 'Kalachnikov', pistolas de diferentes marcas, equipamento de navegação, nomeadamente por satélite, e um grande número de cápsulas disparadas foram descobertas a bordo da embarcação».
«Foi aberto um inquérito«, disse o Ministério.
In Diário Digital / Lusa28 abril, 2009
Bonito nascer do sol na Liscont.. mas o que é aquilo no céu??
Nove piratas somalis capturados
Um navio de guerra com bandeira espanhola capturou nove somalis suspeitos de pirataria.
Estes somalis são suspeitos de terem atacado, esta segunda-feira, um navio de cruzeiro italiano. O navio de guerra espanhol está integrado na missão europeia anti-piratiaria Atalante. Os piratas foram entregues esta terça-feira às autoridades costeiras das Ilhas Seychelles, em cuja zona económica exclusiva ocorreu a detenção. Aos suspeitos devem-lhes ser deduzidas as acusações de pirataria. Recorde-se que o navio italiano, com uma capacidade de 1500 passageiros e tripulação, foi atacado ontem por piratas somalis, mas guardas armados, que estavam a bordo do navio de cruzeiro, defenderam a embarcação, abrindo fogo sobre os piratas, que fugiram. Mas foram perseguidos pela fragata espanhola e com o apoio de barcos franceses e da guarda costeira das Sheychelles, acabaram por ser capturados.
In TvNet
Encomendas de navios “afundam” em 2008
As encomendas de navios caíram para metade no ano passado, comparativamente com 2007. Ainda assim, 2008 foi o terceiro melhor dos últimos cinco anos, em tonelagem encomendada.
Em 2008, foram encomendados 2 040 novos navios, que totalizam 150 milhões de toneladas brutas. Em 2007, as encomendas ascenderam a 4 540 navios e 306 milhões de toneladas, de acordo com os dados do estudo “Shipping and Shipbuilding markets”.
Na verdade, não se pode falar num ano de 2008, mas sim em dois, correspondentes aos dois semestres, tão diferente foi o comportamento do mercado na primeira e na segunda metade do ano. Entre Janeiro e Junho, multiplicaram-se as encomendas, com os operadores a viverem ainda a euforia do crescimento sem limites. A partir do Verão, a crise bateu forte, com a quebra da procura e as dificuldades de financiamento.
Em resultado, cerca de 20% das encomendas de novos navios, a nível mundial, terão sido canceladas nos últimos meses do ano passado, referem os autores do estudo.
Ainda assim, 2008 foi um bom ano, se colocado em perspectiva. O ano passado foi o terceiro melhor dos últimos cinco, abaixo de 2007 e de 2006, quando foram encomendados 2 980 navios com uma capacidade total de 160 milhões de toneladas.
In Transportes & Negocios
Sines investe na segurança portuária
De uma assentada, o Porto de Sines inaugurou um Centro de Sistemas e Helpdesk, um rebocador e uma lancha de pilotos. Os investimentos, a cargo da administração portuária e do concessionário, ultrapassaram os oito milhões de euros.
O investimento mais vultuoso foi feito no novo rebocador, o “Castelo de Sines”. A Reboport, concessionária do serviço público de reboque e de amarração no porto de Sines, investiu cerca de sete milhões de euros naquele que é apresentado como sendo “o mais moderno e maior em capacidade de tracção existente no país”.
Também com o objectivo de responder aos novos desafios de manobra portuária, nomeadamente os relacionados com a crescente actividade do Terminal XXI e a movimentação de porta-contentores de grande porte, a APS adquiriu o “Atlântida Azul”, uma nova lancha de pilotos e segurança. O investimento foi de 960 mil euros.
Menos visível, mas não menos importante para o bom funcionamento do porto e para a agilização de procedimentos, foi o investimento feito pela APS no novo Centro de Sistemas e Helpdesk.
O centro permite monitorizar em tempo real as operações que decorrem no perímetro portuário e, mediante a ligação ao DataCenter da APS, dar resposta atempada às solicitações internas e externas da comunidade portuária. Na prática, reforça a operacionalidade promovida pela Janela Única Portuária, que entrou em funcionamento em Janeiro do ano passado.
O investimento nas novas ferramentas foi de cerca de 425 mil euros.
In Transportes & Negocios
Santana Lopes quer manter o aeroporto em Lisboa
No seu manifesto eleitoral, Pedro Santana Lopes defende a manutenção do aeroporto em Lisboa, contesta a expansão do terminal de contentores de Alcântara e defende que a TTT seja exclusivamente ferroviária.
O candidato à presidência da Câmara de Lisboa, com os apoios do PSD e do CDS-PP, defende que a capital “tem sempre de integrar no seu território (…) uma infra-estrutura aeroportuária.” “Lisboa deve manter um aeroporto mas não deve hostilizar nenhum outro aeroporto construído com equilíbrio, por módulos”.
Sobre as valências portuárias da cidade, o ex-presidente da Edilidade ex-primeiro ministro sustenta que “os turistas não viajam para conhecerem contentores”. “Lisboa não é uma cidade portuária mas tem de ser (…) uma cidade com porto. Grande porto é Sines, começou há cerca de 40 anos (…) ainda hoje está a consolidar o seu papel e a sua afirmação”, acrescenta.
“Lisboa, com ou sem novo aeroporto, admite uma terceira travessia”, acrescenta ainda Santa Lopes no seu manifesto eleitoral, para logo precisar que “entendemos a terceira travessia do Tejo – Chelas-Barreiro ou Beato-Montijo – como desejável se não tiver como consequência o panorama de muitos anos da utilização do comboio da Ponte 25 de Abril”.
Ou seja, conclui, “Essa terceira travessia, a nascente, deve ter a ponte ferroviária convencional e a de Alta Velocidade. A rodoviária, a existir, é preferível no eixo Algés-Trafaria.”.
In Transportes & Negocios
27 abril, 2009
Ascendi ganha concessão no Brasil
A Ascendi, gestora de infra-estruturas detida pela Mota-Engil e pelo Grupo Espírito Santo, assinou ontem o contrato que formaliza a sua entrada no mercado brasileiro das concessões de transportes.
A empresa ganhou, com dois parceiros locais, a concessão da rodovia Marechal Rondon Leste, no estado de São Paulo, em regime de portagem real e com cerca de 410 quilómetros de extensão.
O investimento previsto é de 780 milhões de euros (financiados pelo BES e pelo Banco do Brasil), a que acrescem 184 milhões de euros a serem pagos ao Estado de São Paulo nos primeiros 18 meses do contrato.
A Ascendi detém 50% da nova Concessionária Rodovias do Tiete, tendo aí investido 37 milhões de euros. Os restantes 50% são detidos pelo Grupo Cibe (que gere 1 700 quilómetros de auto-estradas no Brasil), com 40%, e pelo grupo Leão & Leão.
A Ascendi é detida em 60% pela Mota-Engil e em 40% pelo Grupo Espírito Santo. Ainda há menos de duas semanas, ganhou uma primeira concessão na Eslovénia. E está também presente no México.
Para o Brasil, os planos da Ascendi incluem concorrer a concessões rodoviárias federais e nos estados de São Paulo e Minas Gerais, à Alta Velocidade São Paulo-Rio de Janeiro, ao Expresso do Aeroporto (comboio rápido entre o centro de São Paulo e o aeroporto de Guarulhos) e aos aeroportos do estado de São Paulo.
In Transportes & negocios
CMA-CGM e Maersk lançam serviços conjuntos
A CMA-CGM e a Maersk Line vão operar conjuntamente dois novos serviços de contentores entre a Ásia e o Mediterrâneo Central e Ocidental, e entre a Ásia e o Adriático.
As ligações com o Mediterrâneo serão asseguradas por nove navios de cerca de 8 500 TEU cada, sendo oito da Maersk e um da CMA-CGM. A rotação prevista é a seguinte: Lian Yun Gang, Qingdao, Shanghai, Fuzhou, Hong Kong, Chiwan, Yantian, Tanjung Pelepas, Jeddah, POrt Said, Gioia Tauro, Génova, Fos, Damietta, Salalah, Port Kelang e Singapura.
No serviço com o Adriático, ambas as companhias disponibilizarão quatro navios de 6 500 TEU, que escalarão Shanghai, Busan, Hong Kong, Chiwan, Tanjung Pelepas, Port Kelang, Port Said, SDamietta, Trieste, Koper, Damietta, Port Said, Jeddah, Port Kelang, Singapura e de volta a Shanghai.
Ambos os serviços deverão arrancar em meados de Maio.
In Transportes e negocios
24 abril, 2009
Graves erros na politica de transportes Nacional
Os modos de transporte mais eficientes do ponto vista económico, e menos poluentes, são o modo marítimo e ferroviário. Relativamente a este, existem vários constrangimentos que estão por resolver para o tornar ainda mais eficiente: são necessárias vias férreas com o mesmo tipo de electrificação, sinalização e, mais importante, a mesma bitola (distância entre carris) da UE e da futura rede espanhola.
A Espanha possui uma rede convencional de bitola ibérica com vias electrificadas de três mil volts e corrente contínua (CC) ou não electrificadas. Em Portugal, a rede convencional também é em bitola ibérica com vias electrificadas de 25 mil volts e corrente alterna (CA) ou não electrificadas. O transporte de contentores com comboios de tracção eléctrica é mais rentável que os comboios a diesel, devido ao disparo dos preços dos combustíveis, nos últimos anos.
Relativamente à sinalização, nas vias electrificadas, o sistema mais utilizado em Portugal é o Convel e, em Espanha, é o ASFA (Anuncio de Señales y Frenado Automático). Resumindo, as redes ferroviárias convencionais portuguesa e espanhola possuem a mesma bitola, mas diferentes electrificações e sistemas de sinalização. A circulação de comboios de carga em contentores, entre os dois países, é possível com comboios a diesel ou, eventualmente, de bi-tensão, mas impossível para a Europa, devido à diferença de bitola.
A Espanha está a construir uma nova rede ferroviária que vai cobrir todo o seu território e que irá permitir o livre trânsito dos comboios de mercadorias e passageiros para a UE, através de linhas mistas de bitola europeia, que vão ser colocadas na nossa fronteira em quatro pontos: Vigo, Salamanca, Badajoz e Huelva, sendo a de Badajoz em Alta Velocidade (AV) e as restantes em Velocidade Elevada (VE). As novas vias serão construídas em bitola europeia e electrificadas com 25 mil volts e corrente alterna (CA). A sinalização será o ERTMS (European Rail Traffic Management System). Esta será a solução ‘standard’ que deveria ser adoptada para a futura rede portuguesa.
As três ligações entre França e Espanha serão: Vitória-Irun-França, Saragoça-Canfranc-França e Barcelona-Figueras-França.
TRÊS ERROS NA NOVA REDE PORTUGUESA
No site da RAVE, empresa que efectua os estudos da nova rede ferroviária em Portugal, é possível observar vários erros de conceito muito graves.
1. A nova linha Lisboa-Porto só está projectada para passageiros;
2. Não há ligação, através de linhas de bitola europeia, aos portos de Sines e Setúbal;
3. Não se justifica uma linha convencional de mercadorias para cargas de 25 Ton/eixo, ao lado de uma linha mista (passageiros e mercadorias), também para 25 Ton/eixo.
No primeiro erro, a linha de bitola europeia, projectada pela RAVE, de Lisboa ao Porto, só foi pensada para passageiros, já que as pendentes definidas não são inferiores a 18 metros por mil, como é necessário nas linhas mistas, para mercadorias e passageiros. Tal opção não vai permitir o transporte de contentores, em bitola europeia, dos portos de Setúbal e Sines para a Galiza e vice-versa ou para a UE através de Vilar-Formoso-Salamanca-França. O porto de Leixões terá exactamente o mesmo problema.
No segundo erro, como os portos de Setúbal e Sines não estão ligados à nova rede de bitola europeia, esta situação vai obrigar à rotura de carga (mudança de transporte) dos contentores da rede de bitola ibérica para a europeia. Este grave problema vai aumentar os custos e a perda de tempo, pois não será possível efectuar a livre circulação dos comboios de mercadorias para a UE. Para evitar este problema, basta só prolongar a linha mista desde Badajoz até ao Pinhal Novo, que é um ponto de intercepção de várias vias e, deste ponto, através de vias convencionais de bitola europeia, ligar ao porto de Setúbal e, no Poceirão ou Vendas Novas, conectar ao porto de Sines. Este troço poderia ser comum à futura linha para o Algarve. Convém recordar que a Espanha vai mudar a bitola de toda a sua rede em 2020. Se o país vizinho utilizasse as teorias da RAVE, então bastar-lhe-ia efectuar roturas de carga junto à fronteira francesa, em vez de mudar a bitola em todo o país.
Relativamente ao terceiro erro, não faz sentido construir uma linha de mercadorias ao lado de uma linha mista, quando a bitola ibérica vai desaparecer.
Concluindo, os portos portugueses, por não estarem ligados directamente à nova rede ferroviária, com a mesma bitola, electrificação e sinalização, não poderão transportar directamente os contentores para à U.E. e o nosso país ficará mais isolado e menos competitivo.
In Publico (Escrito por Rui Rodrigues do site www.maquinistas.org)
22 abril, 2009
A vê-los passar...
Abaixo estão 3 navios porta-contentores com mais de 300 metros que passaram esta manhã ao largo de Lisboa.
Kuala Lumpur Express
TEUS | 8749 |
D.W. | 103538 |
Lenght | 336,57 |
Speed | 25 |
Built | 2008 |
Hyundai Jakarta
TEUS | 6800 |
D.W. | 85250 |
Lenght | 304 |
Speed | 24,1 |
Built | 2007 |
Ever Conquest
TEUS | 8073 |
D.W. | 100910 |
Lenght | 335 |
Speed | 25,2 |
Built | 2005 |
Logitrans no Estoril esta semana
21 abril, 2009
Mais Somalia...
Piratas somalis libertaram hoje um navio de carga e os seus 23 tripulantes filipinos, capturados há mais de cinco meses, anuncia a companhia de navegação proprietária da embarcação.
O capitão Dexter Custodio, porta-voz da empresa filipina Saga Shipping, proprietária do navio "Stolt Strength", garante que a embarcação foi hoje libertada.
O petroleiro foi apresado a 10 de Novembro de 2008, quando piratas somalis invadiram o navio na altura em que atravessava o Golfo de Aden, com uma carga de ácido fosfórico destinada ao Japão.
O Capitão escusou-se a comentar se foi pago um resgate.
In Expresso online
20 abril, 2009
Somalia...
Abdul Wali Muse, é um dos alegados envolvidos na tentativa de captura do navio mercantil, «Maersk Alabama», no dia 8 de Abril, que resultou no rapto do capitão da navegação. Os três companheiros do «pirata» foram abatidos por snipers da marinha americana.
Apesar de não se saber a idade exacta do suspeito, que foi apontado como sendo um adolescente, fontes oficiais americanas revelaram que será julgado como adulto num tribunal federal em Nova Iorque. Segundo o correspondente da BBC em Washington, Jonathan Beale, os actos de pirataria podem ser sentenciados com pena que pode ir até prisão perpétua.
O Capitão Richard Phillips, que esteve em cativeiro durante cinco dias, está ainda no Quénia. Não se sabe quando é que vai regressar aos Estados Unidos mas espera-se que seja recebido no país com um herói, depois de se ter oferecido como refém para proteger a tripulação de 19 pessoas.
Hillary Clinton, na sequência da intensificação dos ataques nas últimas semanas, naquela que é a zona marítima com mais tráfego, revelou um plano na quarta-feira para travar a pirataria no Golfo de Aden e no Oceano Indico na costa da Somália.In IOL Diário
Pirataria... mais um.
O navio em questão, o «MV Sea Horse», transportava alimentos para programas de ajuda humanitária, quando foi sequestrado.
Os próprios piratas já confirmaram a libertação do navio e o pagamento do resgate. «Comerciantes somali mediaram o processo e pagaram algum dinheiro. Creio que não foi mais de 100 mil dólares», disse à Reuters uma fonte ligada aos piratas.In IOL Diário
17 abril, 2009
Os piratas da Somália
Nas costas da Somália, há grupos de piratas que lançam o temor. E, claro, como sempre os Ocidentais fizeram, há que lançar uma ‘caça aos piratas’, igual a muitas outras feitas ao longo da História por espanhóis, ingleses, franceses, holandeses e até portugueses. Agora, na luta contra os piratas, há também os inevitáveis americanos, russos e chineses. É a ONU inteira contra um bando de maltrapilhos.
Eu gosto de piratas. Dos antigos, como o Barbarussa, dos imaginários, como o Erol Flynn ou o Jack Sparrow, ou dos actuais, os somalis. Há neles um lado aventureiro, contra o sistema, com que simpatizo. Além disso, os piratas têm códigos de honra próprios, e certas regras de cavalheirismo. Sim, é verdade que são doidos por dinheiro, mas quem estiver livre desse pecado que atire a primeira pedra. Contudo, não são bárbaros nem assassinos sem escrúpulos. Num mundo habituado a terroristas ‘kamikaze’ que atiram aviões contra prédios; ou a bombistas que se fazem explodir em autocarros, é difícil considerar os piratas da Somália como bárbaros. Até agora, não mataram ninguém e limitam-se a tomar de assaltos barcos e a pedir resgates. Pago o dinheiro, devolvem os barquitos e as pessoas, como cavalheiros simpáticos que são.
Fiquei por isso espantado quando me dei conta do processo de diabolização dos piratas em curso. O mundo Ocidental já os elegeu como o próximo alvo. O capitão América, Barack Obama, disse que é preciso "lutar contra eles". Ao mesmo tempo que lançava a sua nova política externa, toda ela cheia de "compreensão pelos outros" e de salamaleques aos iranianos, aos russos, ao Hamas e aos israelitas, precisava de encontrar um novo inimigo, e os piratas vieram mesmo a calhar. Em vez de castigar piratas bem mais nocivos ao mundo, como banqueiros irresponsáveis ou políticos facínoras, a América e o Mundo preparam-se para arrasar com os bandos anárquicos da Somália. Obviamente era preciso alguém que pagasse as favas da crise económica mundial, e que, agora que já acabou o Eixo do Mal, fosse eleito como as novas Forças do Mal. Enquanto os verdadeiros piratas do mundo se vão escapar sem punição, os pobres piratas da Somália vão levar nas ventas."
By Domingos Amaral, in Correio da Manhã
Nasceu a CP Carga, Logística e Transportes Ferroviários de Mercadorias, S.A.
Governo autorizou a CP a autonomizar a sua unidade de negócio relativa ao transporte de mercadorias, por via de cisão simples, através da criação de uma sociedade anónima designada por CP Carga, Logística e Transportes Ferroviários de Mercadorias, S.A., detida integralmente pela CP, que passará a dedicar-se ao transporte de mercadorias, dando cumprimento ao compromisso de liberalização do sector assumido com a União Europeia. A decisão foi tomada em Conselho de Ministros que criou, igualmente, a CP E.P.E., de acordo com o novo regime jurídico do sector empresarial do Estado, que tem sido aplicado à maioria das empresas. A transportadora viu ainda ser alterada a composição dos seus órgãos, passando o conselho de gerência a conselho de administração, a comissão de fiscalização a conselho fiscal e extinguindo-se o conselho geral, que funcionava como órgão consultivo.
Recentemente a empresa criou uma parceria com a Renfe para operar as mercadorias a nível ibérico, corporizada na empresa IberianLink.
O diploma relativo à transportadora ferroviária consagra, ainda, o enquadramento que permitirá a contratualização dos serviços de transporte ferroviário de passageiros prestados pela CP E.P.E., estabelecendo-se que o respectivo instrumento contratual deve incluir disposições específicas sobre os serviços relativamente aos quais se justifica a existência de obrigações de serviço público.
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