16 abril, 2009

Frota de porta-contentores imobilizada decresce

Pela primeira vez em seis meses, verificou-se um ligeiro decréscimo na capacidade da frota de porta-contentores imobilizada. Mas os analistas prevêem que seja por pouco tempo.

Os números da AXS-Alphaliner, reportados à passada segunda-feira, apontam para a imobilização de 486 navios, com uma capacidade de transporte agregada de 1,31 milhões de TEU, o equivalente a 10,4% da capacidade de frota mundial.

Estes valores comparam com os 485 navios, 1,42 milhões de TEU e 11,3% da frota mundial de porta-contentores, registados há duas semanas.

Os consultores parisienses justificam a baixa ligeira com o arranque da época Verão e com as expectativas de um aumento de cargas para transportar nos próximos meses.

Nos últimos dias, vários mega-carriers foram recolocados ao serviço, o que reduziu o número de imobilizados de 23 para apenas dez. E daí que mesmo com mais um navio parado, no total a capacidade excedentária tenha baixado em cerca de 100 mil TEU.

A melhoria da situação, deste ponto de vista, deverá manter-se ao longo deste mês, à medida que operadores como a K Line, a Cosco, a OOCL, a Hanjin ou a MOL recoloquem em operação navios nas linhas estratégicas.

A recuperação (ténue) do nível dos fretes em alguns tráfegos terá também motivado os armadores a colocar mais navios em serviço, ainda de acordo com a análise da AXS-Alphaliner.

Ainda assim, a situação deverá piorar até ao final do ano, à medida que mais novos navios vão entrando no mercado, admitindo os analistas que se cheguem aos três milhões de TEU de capacidade imobilizada.

Para já, a MSC tem imobilizado 1% da sua capacidade e a CMA-CGM 2%. No extremo oposto estarão a Zim (com 24% da capacidade de transporte de contentores parada) e a APL (23%).


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