As exportações para os países fora da União Europeia (UE) cresceram 13,5 por cento em 2008, abaixo das importações (15,3 por cento), valores que provocaram um agravamento do défice da balança comercial extracomunitária.
De acordo com os dados hoje publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o comércio no último trimestre do ano revelou um perfil diferente do conjunto do ano, com as importações a caírem 9,5 por cento e as exportações a subirem seis por cento.
Em 2008, Angola ascendeu à posição de principal país cliente de Portugal fora da União Europeia, ultrapassando os EUA, que registaram uma forte quebra.
O saldo da balança comercial extracomunitária no final do ano era negativo em 6.231,9 milhões de euros, refere o INE.
Segundo o INE, o «forte dinamismo» registado nas exportações para Angola fez as vendas para este destino dispararem 34,8 por cento no conjunto do ano, ultrapassando os 2.000 milhões de euros (mais 586,2 milhões de euros do que no ano anterior).
Os EUA, que em 2007 eram o principal destino das exportações extracomunitárias portuguesas, passaram em 2008 a ser o segundo, depois de uma quebra de 25 por cento nas vendas para este mercado, face a 2007.
Angola representa assim um peso de 22,8 por cento nas exportações portuguesas para fora da UE e os EUA 13,5 por cento.
Singapura reforçou a sua posição de terceiro maior cliente extracomunitário (a valer 8,7 por cento do total das vendas fora da UE), com um aumento de 156,9 milhões de euros, face a 2007, o que significou uma variação anual de 22,2 por cento.
Os três países representam no seu conjunto 45 por cento do valor total das exportações extracomunitárias.
Relativamente aos maiores parceiros fora da UE, o INE destaca as subidas nas exportações para o México, Marrocos e Brasil (102,5 milhões de euros, 73,8 milhões de euros e 61,8 milhões de euros, respectivamente).
Em sentido contrário, o instituto realça a quebra do Japão no ranking dos principais mercados de destino, tendo decrescido de quinta para décima quinta posição em 2008, como resultado de um decréscimo de 119,4 milhões de euros (queda de 40 por cento).
As máquinas e aparelhos continuam a ser os produtos mais transaccionados nos mercados extracomunitários (com um peso de 30,5 por cento), seguido dos combustíveis minerais (com um peso de 12,8 por cento) e dos metais comuns (6,8 por cento).
In Tsf
09 fevereiro, 2009
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2 comentários:
Sim concordo plenamente, as apostas das nossas exportações devem centralizar-se nos Países de lingua oficial Portuguesa: Angola-Moçambique-Cabo Verde-Brasil etc.etc. e não sómente na Europa.
Principais Produtos que deveremos apostar: Vinhos-Cortiças-alguns bens Alimentares: Azeite como exemplo etc.etc.
O Estado deve apoiar cada vez mais as nossas PME'S
O grande problema aqui é o elevado custo dos nossos bens para exportar em comparaçao directa com os nossos vizinhos aqui do lado, que inundam Angola e até mesmo Portugal com materias de fraca qualidade, alguns dos quais em concorrencia directa com a nossa produçao, como é o caso do vinho e do azeite. Mas a via é esta sem duvida.
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