Foi hoje publicado em Diário da República o anúncio do concurso para a concessão da plataforma logística de Leixões. A Mota-Engil, já se sabe, é um candidato assumido, em parceria com a Zaldeza de Salamanca.
Meio mais tarde do que o inicialmente previsto, a APDL acaba de lançar o concurso para a concessão da plataforma logística de Leixões. Em causa está a concessão do “direito de construção, gestão e exploração comercial, em regime de serviço público”, daquela plataforma portuária.
Tal como avançado anteriormente pelos responsáveis da APDL, o futuro concessionário será responsável pela promoção comercial da plataforma, pela sua gestão e pela construção das superestruturas. Os terrenos manter-se-ão propriedade da APDL, que assume os custos da infraestruturação e das acessibilidades rodoviárias.
O prazo para a concessão é de 30 anos. Os interessados têm agora 160 dias para apresentar as suas propostas. Vencerá aquela que for “economicamente mais vantajosa”.
A plataforma logística abrange uma área de cerca de 60 hectares, dividida por dois pólos. A concessão agora a concurso não abrange o terminal rodo-ferroviário, que deverá ser também concessionado, mas num concurso autónomo.
As previsões da APDL apontam para um investimento global na plataforma de cerca de 170 milhões de euros, dos quais 100 milhões a serem suportados pelos privados e os restantes 70 milhões pagos pela APDL e pela Refer.
A Mota-Engil será certamente um dos candidatos, em parceria com a sociedade gestora da plataforma logística de Salamanca, a Zaldeza, que também aposta forte no porto de Leixões. A Mota-Engil já lidera o projecto da plataforma logística do Poceirão, que deverá servir os portos de Lisboa, Setúbal e Sines, e em Leixões controla a TCL, concessionária do terminal de contentores.
Por se tratar de uma plataforma logística portuária, a APDL quer que os objectivos da nova-infraestrutura estejam alinhados com os do porto. O que pressupõe alguns cuidados na escolha das empresas que ali se instalarão, até porque a plataforma urbana da Maia/Trofa está parada, o que poderia desviar para Leixões alguns operadores.
O atraso no arranque do concurso, inicialmente previsto para Março, foi justificado pelos responsáveis da APDL pela complexidade da organização do caderno de encargos, um processo que implicou o recurso a consultores externos.
Certo é que os seis meses entretanto passados inviabilizam o calendário inicial, que apontava para o início das obras pelo futuro concessionário em Janeiro do próximo ano e a instalação das primeiras empresas no início de 2011.
In T&N
08 outubro, 2009
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