27 outubro, 2009

Trabalhadores contestam “lay-off” na Antram

A Comissão de Trabalhadores da Antram rejeita os argumentos da Direcção para justificar o processo de “lay-off” de funcionários dos serviços centrais e, entre críticas ao comportamento da associação, já terá solicitado a intervenção da Autoridade para as Condições do Trabalho.

A Comissão de Trabalhadores da Antram não gostou que o presidente da Direcção viesse a público anunciar um processo de “lay-off” de dez trabalhadores (nova, nas contas da Comissão). Numa nota à Comunicação Social a que o TRANSPORTES & NEGÓCIOS teve acesso, aquela estrutura representativa dos cerca de 70 funcionários da associação dos transportadores rodoviários de mercadorias critica a “lamentável decisão” de António Mousinho e sustenta que a “legalidade processual” estará “ainda por confirmar por parte das entidades competentes”.

No documento, a Comissão de Trabalhadores lembra que “sempre optou pela discrição na sua actuação”, tentando utilizar os mecanismos legais para discutir o dossier “de modo a não comprometer a imagem da Associação na praça pública”. Ao passo que, diz, “a Direcção Nacional sempre se negou a um diálogo franco (…), delegando a sua representação a terceiros e ignorando (…) de acesso à informação de gestão”. Daí o pedido de intervenção da Autoridade para as Condições de Trabalho.

Tentando contrariar os argumentos da Direcção sobre as dificuldades conjunturais, a Comissão de Trabalhadores da Antram lembra ainda que a associação contratou em Maio passado a compra de novas instalações no Porto, pelo montante de 1,285 milhões de euros, “sem recurso a financiamento externo e sem necessidade de venda prévia das actuais instalações”.

Por último, os representantes dos trabalhadores lamentam ainda a “visão redutora que é passada para o exterior” da actividade da associação.

Ao que o TRANSPORTES & NEGÓCIOS conseguiu apurar, entre os funcionários afectados pelo “lay-off” estarão vários directores de serviços.

Nas declarações à “Lusa”, o presidente da Antram afirmou que o processo avançaria esta semana e se prolongaria por seis meses.

In T&N

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