Salvo algum desenvolvimento de última hora, mantêm-se as greves anunciadas para hoje, nos portos de Lisboa, Setúbal e Figueira da Foz, confirmou ontem ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS Vítor Dias, do Sindicato dos Estivadores Trabalhadores do Tráfego e Conferentes Marítimos do Centro e Sul de Portugal.
Os trabalhadores portuários responsabilizam a tutela pela greve que, a partir de amanhã, paralisará o porto de Lisboa e condicionará a actividade nos portos de Setúbal e Figueira da Foz. Vítor Dias justificou ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS que a greve se deve ao facto de “ter havido um veto político ao consenso conseguido na comissão interministerial”.
De acordo com aquele dirigente sindical, as partes envolvidas terão chegado a um acordo sobre “a inclusão do tráfego fluvial e das plataformas logísticas” no trabalho portuário. Mas a “clarificação” da Lei dos Portos, que deveria ser feita na Assembleia da República, acabaria por ser vetada pela tutela “porque uma administração portuária, a de Sines, ter-se-á oposto ao texto proposto”, acrescentou Vítor Dias.
Ao invés, a Comunidade Portuária de Lisboa (CPL) criticou, comunicado, o sindicato por avançar para a greve “depois de (…) ter visto garantida a satisfação de todas as reivindicações apresentadas”.
A CPL acusou o sindicato de “dar o dito por não dito”, responsabilizando-o “pelo elevado prejuízo que esta paralisação irá provocar” e questionando-se sobre “os verdadeiros motivos que estarão na base desta súbita e irresponsável mudança de atitude”.
Vítor Dias, em nome do sindicato, reconhece que “todas as partes envolvidas fizeram um esforço para chegar a um entendimento”. Mas rejeita a acusação de “termos rasgado qualquer pré-acordo”. E sublinha que “o que está em causa é o futuro da nossa actividade. Corremos o risco de ficar sem locais onde trabalhar”.
Em Lisboa, a greve anunciada iniciar-se-á às zero horas de amanhã, terça-feira, e prolongar-se-á até às 24 horas de sexta-feira.
Em Setúbal a paralisação dos estivadores far-se-á sentir nos mesmos dias, mas apenas entre as 9 e as 10 horas.
Para a Figueira da Foz estão previstos vários períodos de paralisação, ao longo dos dias 7 a 10: das 9 às 10, das 15 às 16, das 18 às 19 e das 22 às 23 horas.
In T&N
07 julho, 2009
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1 comentário:
o sr.vitor dias no seu melhor,tambem deveria justificar como e que estao as contas a caixa auxiliar dos estivadores e onde e que para o dinheiro, e que e que vai tapar o buraco financeiro da mesma.
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