A companhia estatal iraniana de navegação (IRISL) voltou a escalar Lisboa, com ligações directas ao Golfo Pérsico e Médio Oriente. No horizonte está uma escala também em Leixões, até porque parte das cargas já provém da Galiza, avançou ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS Jorge Fortuna, da Ocidenave.
O aumento do volume de carga movimentada e a optimização dos tempos de trânsito foram determinantes para a opção da Islamic Republic of Iran Shipping Lines (IRISL) voltar a escalar regularmente Lisboa. Até aqui, as cargas eram encaminhadas via Felixtowe e Valência.
O “Simber” foi o primeiro navio da IRISL a tocar o terminal da Liscont. De onde seguiu para Malta, Jeddah, Bandar Abbas e Jebel Ali. Em Malta, o armador iraniano permite o transhipment entre os serviços Europe Container Lines e o Ásia/Mediterranean Express, com isso podendo chegar ao subcontinente indiano e ao Extremo Oriente.
O serviço é garantido por navios com capacidade de transporte entre os 2 500 e os 3 500 TEU. No imediato, as escalas directas em Lisboa far-se-ão com uma cadência “de 20/25 dias”, devendo evoluir “numa segunda fase, para cada 14 dias”, afirma Jorge Fortuna, gestor de operações na Ocidenave, o agente português da companhia iraniana.
O actual momento do mercado não facilita as previsões de volumes de tráfego. Ainda assim, Jorge Fortuna arrisca que “realisticamente, gostaríamos de manter os mesmos números que têm sido feitos ate agora, sempre acima dos 200 TEU por escala”.
Para isso, a Ocidenave aposta em captar cargas no mercado nacional mas também na vizinha Espanha, na Galiza e na Extremadura, capitalizando a maior proximidade dos portos nacionais a essas regionais, por comparação com os enclaves espanhóis do Mediterrâneo. “Na verdade – sublinha o responsável da Ocidenave -, parte da carga já hoje é oriunda do país vizinho, particularmente da Galiza, e daí que exista a possibilidade de realizar escalas adicionais em Leixões, assim os volumes o justifiquem”.
O serviço agora disponibilizado em Lisboa pela IRISL não é único no mercado. Mas o facto de ser realizado pela IRISL, “o mais operador do Médio Oriente”, pode ser uma importante mais-valia concorrencial, salienta Jorge Fortuna. “Os mercados do Golfo Pérsico têm sido bastante menos afectados pela crise generalizada, e daí que a IRISL esteja também a ser menos afectada do que os seus concorrentes, o que lhe permite uma agressividade de fretes interessante para os clientes”.
In T&N
2 comentários:
Boa tarde
Alguém sabe dizer quais os navios que estão inseridos neste serviço da IRISL que escala Lisboa?
Pedro
Ja esta respondido, certo amigo ?
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