21 maio, 2009

Trabalhadores da APL querem conhecer contrato de concessão do TCA

A Comissão de Trabalhadores do Porto de Lisboa voltou a solicitar à administração portuária a disponibilização do novo contrato de concessão do terminal de contentores de Alcântara, insistindo em que o negócio é lesivo “do interesse público em geral e da APL, SA em particular”.

Os representantes dos trabalhadores, que no início do mês estiveram na comissão parlamentar de Obras Públicas, Transportes e Comunicações, sustentam que o terminal é fundamental para o porto de Lisboa (“impossível de substituir nos próximos anos”), mas mantêm que o negócio do prolongamento da concessão e do investimento na ampliação pode “colocar em causa a sustentabilidade da Autoridade Portuária”.

Na missiva endereçada ao Conselho de Administração da APL, a que o TRANSPORTES & NEGÓCIOS teve acesso, a Comissão de Trabalhadores critica a opção de “deitar abaixo o edifício Vasco da Gama (mais de dez milhões de euros) para edificar um novo edifício a poucos metros de distância, quando no actual poderia continuar o IPTM e acolher a sede administrativa da Liscont, o que permitiria poupar 30 a 40 milhões de euros”.

A Comissão de Trabalhadores da APL acrescenta que “não faz sentido danificar a Doca do Espanhol / Doca de Alcântara para fazer as linhas de recuo ferroviárias, nem construir um túnel entre o TCA e a linha de Cascais”.

Criticada é também a opção de construir “uma praça/jardim público em frente à GMA (…), dado que essa frente de acostagem é aquela que tem maior capacidade na margem norte, pelo que deverá manter a sua actual função, ou seja, não ser afecta nem ao TCA, nem a qualquer outro fim que não seja o dar resposta às necessidades operacionais diversas”.

Finalmente, a Comissão de Trabalhadores considera “excessiva” e “carecendo de ser revista” a área prevista para a ampliação do terminal de contentores de Alcântara.

Note-se que, no âmbito da polémica que tem envolvido o projecto de ampliação do terminal de contentores de Alcântara, também a comissão parlamentar de Obras Públicas, Transportes e Comunicações já solicitou a apresentação do contrato firmado entre a APL e a Liscont.


In T&N

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